Há dias, um documentário científico destacava os danos
cerebrais causados na infância e na adolescência a quem destinava diversas
horas diárias a utilizar dispositivos eletrónicos para acesso a redes sociais
e/ou na troca de mensagens com os amigos. Relativamente à infância, eram
referidas as horas passadas em frente ao televisor , após as aulas e ao longo do fim de semana. Afirmavam os neurocientistas que o tempo dedicado à TV deveria ser doseado semanalmente em
cerca de hora e meia. O estudo era significativo, os resultados
evidentes: quem não se encontrava sujeito a tais cuidados, acabava por revelar, ao longo da escolaridade, maiores dificuldades de raciocínio e de concentração.
Sem quaisquer pretensões a especialistas, basta-nos uma simples reflexão – a troca constante de mensagens durante o dia entre pessoas da mesma idade, será pouco facilitadora do desenvolvimento do raciocínio ou do alargamento do vocabulário, comprometendo o pensamento crítico e a capacidade de comunicação escrita e verbal. Lançamos o desafio para que, os que passam os tempos livres com o telemóvel, pensem no que ganharam, pessoalmente, com a troca desses textos que tanto tempo lhes tomam (existem smartphones que, semanalmente, enviam o relatório sobre as horas utilizadas na internet). Acrescentamos, como aspeto menos positivo, o recurso a abreviaturas inventadas nesta nova linguagem, tais como: “pk” (porque); “k” (que); “bjx” (beijos), entre tantas outras, com reflexos na ortografia. Muitos professores se queixam desta nova forma de escrita, por vezes transportada para testes e trabalhos elaborados na aula.
Iniciativas como a “Semana da Leitura” têm, como finalidade, despertar crianças e jovens, para o benefício, a médio e a longo prazo, do ato de ler. O argumento do tempo de permanência em sala de aula e das muitas horas passadas na escola, não serve de justificação para retirar à leitura alguns momentos do dia (por exemplo, um quarto de hora antes do sono chegar) a ler livros que, gradualmente, trarão o hábito, o entusiasmo e trarão a diferença relativamente àqueles que pouco ou nada leem.
Lembra-te que não terás de adquirir livros podendo, simplesmente, requisitá-los na biblioteca escolar.
Nesta semana, de 7 a 11 de março e em todas as turmas da escola, serás
surpreendido/a por um visitante exterior à turma que irá, durante poucos minutos,
à tua sala, apresentar-te um pequeno texto de motivação.
Imagem: © Antonio
Alvarez Gordillo
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