Biblioteca Rui Grácio e Sabugo

            Desde 2012 que se comemora em Portugal o “Dia da Livraria e do Livreiro”, uma iniciativa que partiu de duas entidades: o Movimento Encontro Livreiro e a Fundação José Saramago.          A data assinala ainda o falecimento do escritor Fernando Pessoa.          Na Biblioteca Escolar Rui Grácio, a livraria veio ter com os seus visitantes na Feira do Livro, que terá lugar até 19 de dezembro. **********************      Quando alguém está numa leitura e levanta os olhos como se estivesse a apreender com muito mais intensidade o que acaba de ler, é esse o momento em que esse alguém fica totalmente envolvido, como se pensasse: «isto é meu, isto tem a ver comigo». Cada um tira da leitura o que necessita. José Saramago

      Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845 e é um dos mais conhecidos romancistas da Literatura Portuguesa, que melhor irás conhecer no ensino secundário.        No romance intitulado A Cidade e as Serras , o protagonista, de seu nome Jacinto, é forçado a ausentar-se de Paris, onde vive, partindo para Portugal, a fim de resolver assuntos familiares na localidade de Tormes, onde hoje podemos visitar a Fundação com o nome do escritor, plena de memórias da sua vida.        Habituado a uma vida citadina, Jacinto começa por estranhar a vida solitária no campo. Aos poucos, começa a sentir o fascínio do contacto com a natureza e estabelece amizades. Ao conhecer uma realidade tão distante da sua - a vida numa grande cidade -,  acaba por se fixar numa localidade rural, a dos seus antepassados.         “ Assim, meu Jacinto, na Cidade, nesta criação tão antinatural onde o solo é de pau e feltro e alcatrão, e o carvão tapa o Céu, e a gente vive acamada nos prédios como o paninho nas loja

  O Silêncio da Água   Durante a infância, vivem-se acontecimentos que parecem simples embora, nessa fase da vida, surjam como momentos de magia. Algumas destas memórias perduram ao longo do crescimento. O encantamento das lembranças de infância á apresentado em  O silêncio da água , de José Saramago   com bonitas ilustrações de Yolanda Mosquera.   O livro mostra-nos um autor ainda criança, num momento em que decide ir pescar e um enorme peixe é apanhado pelo seu anzol… E deste modo tem início uma grande aventura. "Voltei ao sítio, já o Sol se pusera, lancei o anzol e esperei. Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água." José Saramago, O Silêncio da Água

       Dia 21 começa a Feira do livro da nossa escola. Desde os romances, passando pelos livros de aventura a BD, infantojuvenis, biografias... Há sempre novidades. Vem à biblioteca, sozinho ou com a tua turma e tens amigos à tua espera. Se ofereceres um livro, ofereces um companheiro. Boas leituras!

  16 de novembro: “Dia Internacional da Tolerância”        O Dia Internacional da Tolerância  celebra-se  a   16 de novembro .      A data foi aprovada pelos estados membros da UNESCO após a celebração, em 1995, do Ano das Nações Unidas para a Tolerância.      Lembar o   “ Dia Internacional da Tolerância ”   é  termos consciência cívica da  promo ção do   bem-estar,  do  progresso e  da  liberdade dos cidadãos . É também sabermos cultivar  a tolerância,  o  respeito  e o  diálogo  civilizado  entre diferentes culturas, povos e civilizações  neste mundo globalizado e, portanto, multicultural .      Trata-se de  uma data destinada não só aos governos e organizações ,  mas também às comunidades e aos cidadãos, cabendo, a cada um de nós, com destaque para educadores e alunos,  promover a tolerância no seu espaço e no mundo.      Deixamos, portanto, algumas questões:      “Promovemos a tolerância e o respeito pelos outros no espaço em que, no quotidiano, nos movemos?”;      “Estabelecemos p

        Ao contrário do que muitos pensam, a língua gestual não é universal. A que é utilizada em Portugal, foi importada há muitos anos da Suécia.        A Língua Gestual Portuguesa nasceu na primeira escola de surdos, existente na Casa Pia de Lisboa, em 18 34 , tendo tido como primeiro educador um sueco que trouxe o alfabeto manual.  Este apenas é utilizado quando existe a necessidade de se dizer o nome próprio de alguém, o nome de uma localidade ou uma palavra que não se conhece, pois, regra geral, na comunicação, os surdos não sentem grande necessidade de recorrer ao alfabeto manual, uma vez que os conceitos têm gestos correspondentes.  Ainda que o vocabulário da Língua Gestual Portuguesa e da Língua Gestual Sueca sejam diferentes, o alfabeto das duas línguas revela a sua origem comum.        Aprender língua gestual é como aprender uma língua nova.   Cada país tem a sua, que evolui com a passagem do tempo. Em Portugal, como noutros países, nota-se ainda a existência de diversos reg

  « Da  varanda do palácio o viajante olha a massa verde do parque. Que a terra é fértil, já o sabia: conhece bastante de searas e pinhais, de pomares e olivedos, mas que essa fertilidade possa manifestar-se com tanta força serena, como de um ventre inesgotável que se alimenta do que vai criando, isso só aqui estando se sabe […] O Sol cobre tudo isto. Um pequeno esforço das árvores levantaria a terra para ele. O viajante sente a vertigem dos grandes eventos cósmicos. » José Saramago ,  Viagem a Portugal Fotografia:  ©  Werhner Krutein , Sintra, finais da década de 50.

     O programa da RTP 2 é composto por diversos episódios, que seguem o trilho do livro de José Saramago, Viagem a Portugal , através do olhar e das palavras de Fábio Porchat. Trata-se de um conjunto de peças acessíveis à generalidade dos destinatários, e permite o conhecimento de recantos nem sempre visitados, que nos enriquecem e tornam mais conhecedores deste país que é o nosso.        De uma qualidade notável, os episódios podem ser visualizados desde o início, para quem deles não teve conhecimento, através da aplicação RTP Play, na opção “Documentários”. Na TV, o programa é transmitido pela RTP2 , ao sábado, a partir das 21h00.         «   Em  VIAGEM A PORTUGAL  percorrermos geograficamente a obra de Saramago através da abordagem coloquial de  Fábio Porchat . Viajamos pelos passos do Nobel à procura de um Portugal desconhecido, mas que queremos descobrir através das suas gentes e lugares, da sua arquitetura e das suas paisagens. Este é um programa que se enquadra nas comemorações

As Pequenas Memórias ,   José Saramago, 2006       Há alguns anos que não leio nada de José Saramago, o que significa que quebrei o meu compromisso de ler um livro deste autor todos os anos  [...] . Assim, peguei n’  As Pequenas Memórias , numa edição da Caminho de 2006, para me redimir do atraso.      Começa com a sua Azinhaga, quando menino. Mas rapidamente as memórias de infância levam-nos a Lisboa, para onde a família foi viver na primavera de 1924. Em Lisboa e ao longo de 10 anos, ele, os pais e o irmão Francisco que viria a morrer na véspera de Natal de 1924, iriam viver em dez casas diferentes, partilhando casas com outros casais  [...].      É um pequeno livro, que se lê rapidamente e com prazer, porque é divertido e cheio de graça. Saramago fala dos pais, dos avós paternos e maternos, dos primos, dos vizinhos, dos colegas de escola, das descobertas, dos sonhos, dos medos, das lembranças mais remotas até aproximadamente à idade dos vinte anos.      São recordações de infância,

       Sabes quem foi Rui Grácio, que deu nome à nossa escola e à biblioteca escolar? Deixamos um resumo da sua biografia, a fim de que o possas conhecer melhor:        Rui dos Santos Grácio   nasceu em Moçambique, a 1/8/1921 e faleceu em Lisboa a 30/3/1991.      Foi um pedagogo e investigador em Ciências da Educação, deixando uma vasta obra sobre o ensino em Portugal.       Desenvolveu estudos sobre o ensino da língua materna, destinados aos ensinos básico e secundário, com destaque para a relação pedagógica, a aprendizagem e o insucesso escolar, associados, tantas vezes, a dificuldades sociais. Para além do ensino do Português, modernizou o ensino da Matemática elementar e o ensino da Filosofia no final do ensino secundário.        Convidado por Delfim Santos, dirigiu o Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian.      A 5 de dezembro de 1991, foi feito Grande-Oficial da  Ordem da Instrução Pública  e a 8 de novembro de 2001, foi feito Grande-Oficial da  Ordem d

  CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 16 .ª  EDIÇÃO – 2022 | 2023  Candidaturas 2023       Em outubro, é chegado o momento de o Plano Nacional de Leitura voltar a abrir as candidaturas aos projetos que apoia e organiza. O Concurso Nacional de Leitura, que há muitos anos envolve alunos portugueses que vivem no território nacional e no estrangeiro, é o mais emblemático. Lê-se de diversas formas, com motivações várias. Literatura, arte, ciência, tecnologia, desporto, moda, todos os temas e interesses cabem na palavra escrita. Por isso lançamos novamente o Movimento 14-20 a Ler, os Clubes de Leitura nas Escolas, os Quatro Elementos, as Metamorfoses, a Leitura em Família e o aLer+. O projeto "10 minutos a Ler" continua com candidaturas abertas até 12 de dezembro. Esperamos por todos.   Consultar o regulamento aqui

     Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu, no Porto, a 6 de novembro de 1919.      Já adulta, passou a viver em Lisboa. Começou por escrever contos infantis para os seus filhos.        É autora de muitos dos textos (prosa, teatro e poesia) estudados nas aulas de Português. Alguns dos contos infantis como A Menina do Mar ou a Fada Oriana são conhecidos, pelos mais jovens, na sala de aula. Outros dos títulos estudados, para além da poesia, são: O Cavaleiro da Dinamarca ou Histórias da Terra e do Mar, e ste último um livro de contos.      Os grandes escritores vivem para sempre, pois a obra que nos deixam fica guardada na nossa memória coletiva.      Lembramos a data do nascimento de Sophia, com um dos seus belos poemas:   Casa branca em frente ao mar enorme, Com o teu jardim de areia e flores marinhas E o teu silêncio intacto em que dorme O milagre das coisas que eram minhas.   A ti eu voltarei após o incerto Calor de tantos gestos recebidos Passados os tumultos e o deserto Beijad