Ilustração: © Arianna Boccassini
Homenagear o livro no dia 23 de abril é também celebrar três grandes escritores, pois, nesta data, registam-se as seguintes efemérides: o nascimento (1564) e a morte (1616) de William Shakespeare; a morte (1616) de Miguel de Cervantes e o nascimento, em 1899, de Vladimir Nabokov.
A UNESCO fixou, em 1996, o dia mundial que hoje se celebra.
Destacam-se, a 23 de abril, o livro e o direito inalienável da leitura, pilares para a construção de uma sociedade desenvolvida.
Partilhamos convosco um poema sobre a importância dos livros na nossa vida: ler torna-nos diferentes e pensadores críticos e interventivos:
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga, Herbário, Assírio & Alvim, 1999.
Visionar Os Direitos do Leitor , da obra Como um romance de Daniel Pennac
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