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“Nascido do instinto de imitação, o teatro é uma arte tão antiga como a humanidade. Na Antiguidade, emerge do culto de Dioniso dando origem à tragédia grega, antepassado e modelo do classicismo francês que, no século XVII, com as três unidades , marca o teatro ocidental de forma tão persistente que julgar-se-ia definitiva.
Racine, Corneille e Molière fizeram do teatro o primeiro género literário. O século XVIII decorre sob este impulso, apaixonado pelo palco a ponto de Voltaire contar mais com as suas tragédias do que com Cândido para passar à posteridade. No século XIX, é no teatro que o romantismo encontra através do drama o seu melhor meio de expressão.
O teatro não morreu. Popular, burguês, clássico ou de vanguarda, conseguiu sobreviver, quer patenteando o que tem de irredutível, quer descobrindo algo de diferente pela exploração de um novo público.”
Fonte: O Teatro – Enciclopédia do Mundo Atual, D. Quixote (texto adaptado)/Imagem: figurino do Anjo do Auto da Barca do Inferno desenhado por Almada Negreiros (Fundação Calouste Gulbenkian)
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Na data que hoje se comemora , fazemos uma viagem ao tempo de Mestre Gil. O motivo? A contínua atualidade de Gil Vicente por ter , de modo certeiro, captado o cerne da natureza humana , através de uma galeria intemporal: a vaidade, a ambição desmedida,a avareza , o uso da palavra para ludibriar a inocência, a arrogância de quem se crê superior , não por mérito , mas por uma herança de privilégios, a justiça relapsa, a ganância das viagens à Índia e todos os vícios sociais (aquém e além mar) decorrentes de tal empreendimento.
Não pretendendo ir além dos textos trabalhados em sala de aula, fica a referência à Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente, obra que não deixa de nos surpreender . O nosso dramaturgo continua a captar a atenção dos jovens, contribuindo para o exercício do pensamento crítico que lhes é essencial na escola e fora dela.
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